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Três em cada dez desempregados investem no próprio negócio

Eles aproveitam a indenização, o FGTS e o tempo livre para investir.
Planejamento é essencial para o negócio dar certo.

Três em cada dez brasileiros que perdem o emprego desistem de voltar para o mercado formal de trabalho. Eles aproveitam que estão com o dinheiro da indenização, do fundo de garantia e tempo para investir e um negócio próprio.

O Sebrae faz um alerta: mais importante do que ter a quantia certa para investir é planejar como vai ser feito esse investimento. Quem está pensando em virar patrão tem que fazer os planos da maneira correta.

Foram vinte anos trabalhando com carteira assinada em uma indústria farmacêutica. Há três meses, Noélia Rdrigues da Silva recebeu um comunicado duro de ouvir: “Minha gerente me chamou e falou que tinha uma notícia chata para falar e eu não deixei nem ela completar a frase. Vc vai me mandar embora então?”.

Essa história aconteceu em dezembro e, de lá pra cá, as contas continuam chegando. Para pagar todas elas, Noélia decidiu investir em um negócio próprio, vendendo roupas. Há dez dias começou em casa mesmo e já tem clientela cativa: “Tem a família do meu marido que é muito grande e eu já comecei por eles”.

Antes de abrir um negócio próprio é bom pegar todo tipo de informação para não ter prejuízo. Um dos lugares onde isso é possível é no posto de atendimento do Sebrae. Este ano, vários novos empreendedores têm um perfil em comum: são pessoas que como Noélia perderam o emprego.

Em janeiro, o IBGE registrou 144 mil pessoas a mais trabalhando por conta própria no país: um aumento de 3% em relação a dezembro. No Sebrae, em São Paulo, muita gente quer virar o próprio patrão e, para isso, participam de um curso de planejamento de negócios.

A aula é de graça. Sidney Kanashiro perdeu o emprego em dezembro, mas está confiante. “Tô pensando em abrir um negócio de fotografia, um estúdio de fotografia”, diz.

“Hoje, de cada dez pessoas que procuram o Sebrae, três reclamam de desemprego. O ideal é usar o período do seguro desemprego para fazer um planejamento. Caso contrário, vai perder o seguro desemprego, vai investir o FGTS e vai ter insucesso e vai perder tudo. É possível sim ter empresa de sucesso, mas precisa se planejar”, explica Bruno Caetano, superinendente do Sebrae-SP.

Audrey Bezerra está fazendo tudo direitinho. Ela foi demitida depois de dez anos de emprego formal e quer abrir uma funerária, mas antes foi ao Sebrae pedir ajuda para avaliar os custos. “A gente sabe que muitas empresas acabam fechando por causa disso, porque elas não trabalham, não desenvolvem o custo, o caixa da empresa. Eu não quero pecar dessa vez. Quero fazer da forma correta para que eu possa ter sucesso”, afirma.

Todos esses novos empreendedores sabem da crise econômica, mas estão dispostos a tentar mudar de vida. “Se eu for ficar escutando, que tem crise, tá difícil. Eu me determinei que vai dar certo. A partir do momento que pensa, ter um sonho e luta por ele, consegue. A gente é do tamanho do sonho da gente. No meu gráfico, a tendência é subir”, diz Noélia.

 Fonte: g1.globo.com/jornalhoje






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