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Quase 60 milhões de brasileiros não pagam as dívidas em dia, diz pesquisa

Esse é o pior número para janeiro desde 2012, mas os economistas acreditam que no próximo ano, o número vai diminuir.

Pesquisa mostra que o número de brasileiros que não conseguiram pagar as contas em janeiro foi o maior em cinco anos. Mas, apesar dos números ruins, os economistas estão otimistas e esperam que esse número diminua no ano que vem.

Michel da Silva, vigilante desempregado, faz parte dessa lista imensa e indesejada de inadimplentes. Há quatro anos, ele comprou um tênis por R$ 390 reais. Não pagou. Depois de um tempo, entrou em acordo, mas também não pagou: “Na última cobrança, a dívida tava em R$ 4.600. Quando eu vi, tava num valor muito alto e eu não conseguia pagar mais”.

O vigilante procurou uma base móvel do Procon para pegar dicas de como negociar a dívida. “Nós precisamos entrar em contato com o credor e estudar uma maneira desse consumidor pagar sua dívida, mas mantendo sua dignidade”, explica Diógenes Donizete, coordenador do Núcleo de Tratamento de Superendividamento.

A pedagoga Rosa Leite convive com o problema da inadimplência na família. O genro, que é empresário, está com em dificuldade financeira. Tá sobrando pra ela pagar as contas da casa da filha: “Água, luz, telefone. Ele é vendedor, se ele não vende, não entra o dinheiro”.

O país começou 2017 com quase 60 milhões de pessoas inadimplentes. Esse é o maior número de brasileiros no vermelho desde 2012. As dívidas atrasadas desses consumidores chegam a R$ 270 bilhões.

O desemprego associado a uma inflação alta são os principais fatores que explicam esse aumento no número de inadimplentes. Numa comparação com 2013, por exemplo, o percentual de brasileiros com nome sujo na praça cresceu 18%.

A partir do dia dez de março mais de 30 milhões de brasileiros terão direito a sacar o saldo de contas inativas do FGTS. Para o economista da Serasa, Vander Nagata, esse dinheiro extra deve ajudar muita gente a sair do vermelho: “A situação deve ajudar nessa redução: aceleramento do desemprego, maior renda, menor inflação, tudo isso colabora para que a gente tenha um menor número de inadimplentes no próximo ano. É isso que a gente gostaria de ver”.

Fonte: g1.globo.com/jornalhoje






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