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ACE Campo Belo participou do XIX Congresso da Federaminas: Em busca do caminho para a criatividade

A Associação Comercial e Empresarial de Campo Belo (ACE) participou nos dias 10 a 12/11 do XIX-Congresso das Associações Comerciais e Empresariais de Minas Gerais ACE´s realizado pela Federaminas no Actuall Convention Hotel, em Contagem

O ilusionista Henry Vargas, da empresa Ilusion Produções, abriu o XIX Congresso Federaminas – Criar é preciso, de maneira descontraída, arrancando as primeiras exclamações de surpresa dos participantes. Com números de mágica, ilusionismo e um jogo de sombras com as mãos, imitando animais, ele instigou o público a pensar: “Se sairmos daqui com mais perguntas que respostas, devemos agradecer à Federaminas. Pois é a necessidade de buscar respostas que nos faz exercitar a criatividade”, disse o mágico.

Vargas fez o público lembrar de como brincam as crianças e disse que, para encontrar o caminho para a criatividade, é preciso despertar a criança que existe dentro de nós. “Se tivermos a força de vontade e o espírito de desafio que as crianças colocam ao inventarem brincadeiras, encontraremos o caminho da criatividade. Para isso é preciso resgatar essa criança que ainda vive dentro de nós, que fomos perdendo com o tempo”, refletiu o ilusionista.

Vargas contou um pouco de sua experiência além das palestras e das mágicas pelo mundo afora e destacou a experiência de ter feito a comissão de frente da escola de samba Rosas de Ouro, em São Paulo, em 2015, quando a escola fez o enredo: “Depois da tempestade, o encanto”. “Uma escola de samba precisa inovar sempre. Trabalham o ano inteiro para fazer algo inesperado para o público na hora do desfile”, ressaltou.

Palavra do presidente

Em seguida, o presidente da Federaminas, Emílio Parolini saudou a todos os presentes, destacando a importância de cada congresso, em que os temas são sempre voltados à assuntos que os empresários precisam lidar no dia a dia. “Saia da zona de conforto”, “Agir para criar”, “A hora é agora”, são alguns dos temas que desenvolvemos em outras ocasiões. Desta vez, resolvemos falar sobre a criatividade, um tema que pensamos ser necessário no momento, após estar pessoalmente nos últimos tempos viajando por dezenas de cidades e sentindo qual era a demanda do momento”, disse Emílio Parolini. Participaram do Congresso mais de 300 pessoas de delegações de 83 cidades mineiras.

Egmar Pereira Panta, presidente da Associação Comercial e Industrial de Contagem (ACIC), elogiou a ideia central do Congresso, com foco na criatividade, principalmente sendo o evento realizado em sua cidade, onde há tantas empresas e iniciativas criativas nos negócios. “É uma grande satisfação para nós recebermos um evento como esse, momento em que podemos falar de atitudes empreendedoras, como a própria reconstrução desse hotel onde estamos”, observou.

Professor Luiz Marins

Terminada a palestra, o professor Marins era só simpatia pelos corredores do hotel. Aceitou selfies, fez fotos e até vídeos em que lhe pediram para enviar mensagens. Sua simpatia refletia bem as palavras de alerta durante sua palestra: “É preciso viver o presente, prestar atenção no agora. Estamos 25% de nosso tempo preocupados com o futuro, com o que vamos fazer, com o que virá. “Vivemos ansiosos, e isso atrapalha a criatividade. É preciso relaxar. As melhores ideias chegam quando estamos no chuveiro, ou caminhando, ou dirigindo”, disse.

O professor, que é antropólogo, contou aos palestrantes que é possível treinar o cérebro para viver o momento presente e despertar a criatividade. Um treinamento é justamente a meditação, o esvaziar os pensamentos. “Respirar é uma técnica. Prestando atenção em sua respiração você presta atenção no presente. Aí, quando sua mente fugir de novo, repita o exercício”, ensinou.

Marins contou o caso de Napoleão Bonaparte, que nunca tinha ido para uma batalha, mas foi um grande general, logo nas primeiras investidas. “Ele tinha uma verdadeira biblioteca sobre batalhas em casa. Lia absolutamente tudo sobre o assunto. Assim, abastecia seu cérebro com informações, e aproveitava as melhores combinações de cada uma. A atitude criativa muitas vezes não é inventar algo novo, mas saber fazer combinações novas a partir de coisas já conhecidas”, orientou o professor.

Márcio Ballas

Com exercícios em que envolvia toda a plateia, arrancando risadas, Márcio Ballas, o palhaço que já encantou crianças mundo afora e no Doutores da Alegria, onde trabalhou, contou como fazia para enfrentar situações inesperadas em seu trabalho. “Trabalhando dentro de um hospital, visitando crianças doentes, eu tinha que improvisar o tempo todo. Pois cada uma tinha um tipo de reação, muitas vezes surpreendente. Saber improvisar é importante para o desenvolvimento da criatividade”, disse.

Ballas conta que levou tempo até alcançar o sucesso. Foi preciso tempo, estudo, preparo, tentativas, com erros e acertos. “Errar faz parte do processo, não podemos ter medo. Mas o que é fundamental é o dizer sim. A partir daí, desenvolvi o conceito de capaSIMtação. Ou seja, capacitar para o sim. É preciso dizer sim para o outro, para o que é diferente, pois o processo criativo precisa disso”, argumentou o palhaço, em momentos de grande entrosamento com o público.

O segundo dia de atividades do XIX Congresso Federaminas – Criar é preciso, começou com um painel de discussões sobre o programa Empreender. Coordenadores do programa em diversas cidades mineiras, e também de outros Estados onde o Empreender também foi implantado, subiram ao palco para contar suas experiências. Eles falaram sobre os desafios da implantação e manutenção do Empreender em suas cidades e sobre os resultados positivos que têm obtido.

Em seguida ao Empreender, o presidente do Conselho Estadual de Jovens Empresários, Bruno Pádua, falou sobre a importância da implantação de um núcleo jovem dentro de cada Associação Comercial.

Concluídos esses primeiros painéis, teve início o treinamento empresarial com Rodrigo Cardoso, num trabalho que durou o dia todo, chamado Ultrapassando Limites.

Painel Empreender

A discussão sobre o Empreender foi mediada pelo coordenador nacional do programa pela Confederação das Associações Comerciais e Empresariais Do Brasil (CACB), Carlos Alberto Resende. Ele começou destacando que o programa havia se expandido bastante no Nordeste, mas hoje apenas três Estados mantém o trabalho: Bahia, Rio Grande do Norte e Alagoas. “Neste último, inclusive, o desafio é ainda maior, pois Alagoas tem o pior IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do Brasil. Mas as experiências que temos lá foram muito bem-sucedidas”, disse Resende, convidando Cleia Maria Mascarenhas, Coordenadora do Empreender da Federalagoas (Federação Das Associações Comerciais Do Estado De Alagoas) para falar com a plateia.

Cleia contou que, lá em Alagoas, ela conduz o Núcleo de Automecânicas e que quando o Empreender foi implantado, com o apoio do Sebrae, foram feitos convênios com as prefeituras e parcerias com a iniciativa privada para que o programa se sustentasse. “Os empresários foram percebendo que o Empreender é uma ferramenta de crescimento e desenvolvimento, tanto para o negócio quanto para o município”, comentou.

Também foram feitas ações que ajudaram a motivar o Núcleo. “Nos inscrevemos no Movimento Alagoas Competitiva, que é um prêmio de qualidade. Quando uma de nossas empresas ganhou o prêmio, isso foi muito benéfico, pois trouxe uma competição positiva entre elas; as empresas ficaram tentando alcançar a excelência em qualidade”, contou.

Em seguida, Carlos Alberto Resende pediu à coordenadora do Programa Empreender em Minas Gerais, Cleide Bersani, para falar sobre o aumento do número de cidades trabalhando com o Empreender. “É preciso conscientizar os presidentes da Associações Comerciais sobre a importância do Empreender. Um dos benefícios para a associação, ao entrar no programa, é o aumento do número de empresários associados, pois eles começam a manter relações com a entidade”, disse Cleide Bersani. Ela acrescentou que um desafio é dar sustentabilidade ao projeto assim que as parceiras ou convênios acabam. “Para isso é preciso um comprometimento dos executivos e das Associações Comerciais”, ressaltou.

O coordenador do Empreender na Facisc (Federação Das Associações Comerciais de Santa Catarina), Clovis Vanderlei Consoli, comentou que em Santa Catarina há grande adesão ao Empreender. São 90 Associações Comerciais e 6.500 empresas participando. Acontecem até missões internacionais que chegam para conhecer o projeto. “Isso porque há 25 anos desenvolvemos o projeto lá, está em nosso DNA. Quanto mais núcleos existirem, mais as entidades estarão fazendo seu papel, que é o do associativismo”, disse.

Consoli ponderou que o empresário quer ver o retorno de seu investimento. Para isso, a Facisc investe no treinamento dos consultores do Empreender. “Precisamos estar preparados para falar sobre o programa e sobre a importância do associativismo. Assim, toda vez que muda o presidente de uma entidade, vamos lá para conversar com ele, para falar sobre o Empreender, sobre o papel da diretoria, dos Núcleos, do associativismo”, observou. Consoli completou que em Santa Catarina os dados do Empreender estão bastante organizados. “Sabemos dizer quanto núcleos há por setor, todas as informações estão no sistema. Afinal, são 25 anos fazendo isso”, concluiu.

Conselho Estadual de Jovens Empresários

Concluído o painel do Empreender, o presidente do Conselho Estadual de Jovens Empresários, Bruno França Pádua, fez uma palestra explicando a importância de se criar um núcleo de jovens empresários em cada Associação Comercial. “Para a comunidade local é importante porque você inclui o jovem empresário na agenda de network e econômica da cidade. E para a associação há uma série de benefícios. Os jovens trazem novos projetos, contribuem nos que já estão em andamento e aumentam o número de associados”, explicou Bruno Pádua.

O treinamento de Rodrigo Cardoso

Por que alguns empreendedores alcançam sucesso e outros não? Com essa pergunta – e exercícios de alongamento, massagens, vídeos de grande impacto e frases provocativas – Rodrigo Cardoso começou o treinamento “Ultrapassando os limites”, que vai durar até o final do dia. O palestrante foi conversando com a plateia e mostrando casos de sucesso no mundo empresarial.

Cardoso começou citando três pontos para que uma pessoa alcance o sucesso, seja na vida profissional ou pessoal: disciplina, poder pessoal (rede de relacionamentos e autoconfiança) e atitude. Seguiu dando exemplos e contou aos participantes que eles, ao final do dia, farão o exercício de andar sobre a brasa. Tudo parte do treinamento, para aprender a desenvolver essas características. “Vocês não serão obrigados a andar sobre a brasa, mas vão querer fazer isso”, desafiou Cardoso.

A manhã do terceiro dia do XIX Congresso da Federaminas foi marcada pela apresentação de cases de sucesso das Associações Comerciais, pelo 4º Encontro da Câmara Estadual da Mulher Empreendedora da Federaminas (CEME), pela apresentação dos produtos Federaminas e pela palestra do doutor em Comunicação, Dado Schneider, que falou sobre as mudanças em relação ao uso da tecnologia e os efeitos disso nos relacionamentos pessoais e empresariais.

O 4º Encontro da Câmara Estadual da Mulher Empreendedora da Federaminas (CEME) começou com a palestra de Carla Figueiredo, criadora da empresa de geração de conhecimento e inteligência de marketing Sugarpedia. Ela mostrou qual é o segredo do sucesso das empresas que estão no Vale do Silício, na Califórnia, EUA. Entre elas, Apple Inc., Google, Facebook, Symantec, eBay, Yahoo!, Hewlett-Packard (HP), Intel, e a Microsoft. “Sugarpedia é o que encontrei na Baía de San Francisco. Minha sede por conhecimento me levou a querer estudar o modelo de gestão das empresas do Vale do Silício. Queria muito entender como empresas que nasceram pequenas, entre os anos 90 e 2000, se tornaram líderes mundiais em tão pouco tempo. Entendi! O modelo mental que reina é o da abertura: abertura para trocar ideias, para fazer junto, até mesmo com o concorrente; abertura para juntar o novo e o velho e para errar”, falou Carla, no início de sua palestra.

Em seguida, a psicóloga Joelma Cristina, que tem formação internacional como Helper na área de desenvolvimento feminino e saúde da mulher, falou porque quem cultiva bons relacionamentos consegue criar e empreender melhor. “O nível de responsabilidades, preocupações e desafios de quem empreende hoje no Brasil é altíssimo. Criatividade é fruto de relaxamento e este não é um subproduto de tempos tranquilos, ou sem desafios. Relaxar é o resultado de saber relacionar de forma harmônica consigo e com o mundo, apesar de todas as turbulências. Estou aqui para oferecer alguns recursos neste sentido”, falou Joelma.

Cases de sucesso

Enquanto isso, em outra sala, algumas Associações Comerciais apresentaram seus cases de sucesso. O presidente da Associação Comercial, Industrial, Agropecuária e de Prestação de Serviços de Ipatinga (Aciapi), Luís Henrique Alves, apresentou o case sobre a criação da Expor Outlet. Trata-se de uma feira para os associados, que foi criada pela Aciapi para combater as feiras itinerantes ilegais.

A Expor Outlet já está em sua segunda edição e está sendo realizada em parceria com a Expo Usipa, aproveitando seu espaço. Desta maneira, a Aciapi conseguiu stands com preços melhores para os expositores, com boa adesão dos associados e sucesso nas vendas. Foram 24 lojistas participantes, cada um com um stand. A entrada para o público foi gratuita. “Nossa intenção é fazer esta feira mais vezes ao longo do ano, junto com as datas das feiras itinerantes ilegais, para minimizar o impacto delas junto aos comerciantes. Estas duas edições foram só o começo, para ver se estamos no caminho certo”, falou Luís Henrique Alves.

Outro case apresentado foi o dos encontros empresariais criados pela Associação Comercial e Empresarial de Lagoa da Prata (ACE-LP). O presidente da ACE-LP, José Raimundo de Rezende, relatou que o encontro já completou 10 anos. Começou pequeno, mas, na última edição, já estava gigante, com adesão de 800 pessoas por noite! “Numa cidade pequena como a nossa isso foi muito significativo. O resultado foi um aumento de 30% dos nossos associados”, contou José Raimundo. Durante os encontros, que duram 3 noites, acontecem palestras e cursos e, para participar, é preciso apenas trocar o ingresso por 1 quilo de alimento não perecível.

Alina Gomes, da Associação Comercial e Empresarial de Além Paraíba, contou como a ACE Além Paraíba saiu da condição de quase fechar as portas por falta de recursos para uma situação de muito sucesso, com a criação de uma nova sede própria, crescimento dos associados, diversos Núcleos do Empreender, e uma renda mínima mensal fixa de R$75 mil reais após parceria com a UNOPAR, instituição do Sesi que faz ensino à distância. “Com essa parceria pudemos implantar os Núcleos do Empreender e realizar diversas ações com as quais pudemos conquistar novos associados. Tudo fruto do comprometimento da diretoria, que é toda participante do Empreender”, disse Alina.

Já a Associação Comercial, Industrial e de Prestação de Serviços de Coronel Fabriciano (ACICEL) apresentou o case da Faixa Azul On Line. A entidade implantou esse serviço na cidade, após a Guarda Mirim, entidade que detém a concessão para exploração do estacionamento rotativo de Fabriciano ter problemas em sua gestão e ficar endividada. “Pesquisamos qual seria a melhor maneira de implantar esse serviço na cidade, para trabalhar em parceria com a Guarda Mirim, e encontramos o serviço de Faixa Azul On Line, em que o usuário usa um aplicativo no celular para comprar um talão que dá direito de estacionamento na rua de até duas horas. Deu muito certo, conseguimos uma geração de renda de R$728 mil, com 8.758 clientes cadastrados e 25 guardas mirins trabalhando nesse serviço como fiscais, todos treinados e capacitados por nós”, disse o presidente da ACICEL, Marco Túlio Lamounier.

Digiriatria

Na sequência dos cases, começou a palestra de Dado Schneider. Ele falou sobre “O mundo mudou. Bem na minha vez!”. Ele começou a palestra provocando a plateia com músicas, mensagens e uma performance. Em seguida, foi abordando como o mundo tem mudado e como as pessoas precisam estar preparadas para essa mudança. Dado desenvolveu o conceito de “digiriatra”: seremos todos velhos digitais. Ou seja, para Dado, não adianta mais tentar fugir da tecnologia, sem ela a pessoa está fora do mundo. Dado Schneider é doutor em Comunicação, criador da marca Claro e professor.

 

 






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