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Novas funções surgem a cada ano no mercado de trabalho

Profissões mudam ao longo do tempo para acompanhar o mercado. 
Só neste ano, 14 novas funções foram reconhecidas.

A Sala de Emprego dessa segunda-feira (30) fala sobre as profissões que vão mudando ao longo do tempo para acompanhar o mercado de trabalho. As profissões se modernizam e os estudantes precisam acompanhar as mudanças quando ainda estão na faculdade. Os profissionais que já estão no mercado também precisam se atualizar. Só este ano já foram 14 novas ocupações reconhecidas pelo Ministério do Trabalho.

O mercado profissional se transforma sempre e com o avanço da tecnologia os trabalhadores precisam se atualizar. O técnico em telecomunicações, por exemplo, trabalhava com telefonia, rádio e televisão. Hoje, ele tem que entender também de TV digital, computador, fibra ótica e as possibilidades de especialização aumentaram.

Por isso, as escolas de formação profissional também têm que se mexer. No Senai, por exemplo, há 10 anos, o mecânico aprendia sobre o carro em geral. Agora, ele também tem que entender da tecnologia que faz funcionar o motor, o freio e a suspensão.

O Ministério do Trabalho reconhece 2.621 ocupações. A Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), desde que foi criada há quase 40 anos, passa sempre por atualizações para se adequar ao mercado de trabalho. Neste ano, 14 ocupações foram reconhecidas:

- Gerontólogo
- Higienista ocupacional
- Naturólogo
- Profissional de relações com investidores
- Fiscal de atividades urbanas
- Condutor de máquinas (bombeador)
- Condutor de máquinas (mecânico
- Técnico em higiene ocupacional
- Cerimonialista
- Condutor de turismo de aventura
- Condutor de turismo de pesca
- Mototaxista
- Marinheiro auxiliar de convés (marítimo e aquaviário)
- Marinheiro auxiliar de máquinas (marítimo e aquaviário)

Francisco Eduardo Carneiro é dono de padaria e vê a mudança acontecer: “Hoje a gente tem opção, o cliente tem opção de comer. Antigamente não tinha. Era só pãozinho com manteiga, mais nada. Hoje tem vários pães”. O filho dele, Carlos Eduardo Carneiro, consultor de panificação, percebeu que a clientela queria novidades: “Esse aqui é o pão de centeio com nozes, esse é pão de centeio com passas e esse é ciabata”.

Para faturar com esses clientes que exigem mais que o pãozinho de sal do dia a dia, Carlos Eduardo incrementou o currículo, foi para a França, fez estágio em uma padaria tradicional, rodou o mundo visitando feiras de padeiros e hoje sabe fazer mais de 20 tipos de pães. “O diferencial deles é o tempo de fermentação: o pãozinho francês, do dia a dia, fermenta duas horas por dia. Os meus, 20 horas”, explica.

Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (Abip), o faturamento das padarias cresceu 8% em 2014 e as vagas de emprego aumentaram 5,7%. A média salarial varia entre R$ 1.500 e R$ 3.000 e os profissionais mais experientes podem ganhar até R$ 5 mil.
Na biblioteca, as coisas também mudaram. A biblioteconomia agora se chama ciência da informação. Os livros continuam lado a lado nas prateleiras, mas encontrar e classificar cada obra está bem tecnológico.

“Tinha que fazer uma ficha para cada item do livro: uma para o autor, uma para o título. Ele faz o lançamento uma única vez e o computador replica isso para diferentes tipos de busca, autor, título”, conta Igor Rezende Quintal, coordenador de informação e tecnologia de uma escola.

O mercado também melhorou. O número de empregos cresceu 25% em cinco anos (de 2009 a 2013) e os salários aumentaram 42%. A remuneração média em 2013 era de R$ 4.927. Os profissionais ganham mais, mas têm que dominar novas tecnologias.

No campo

As mudanças também estão no campo e o antigo cortador de cana agora precisa entender de máquinas modernas e de tecnologia.

A máquina colhe até 500 toneladas de cana por dia e substitui o trabalho de 50 homens. Só em uma usina de Dourados, em Mato Grosso do Sul, são 45 colhedeiras. Daniel Soares de Oliveira opera uma dessas máquinas há três anos. Um trabalho bem diferente de quando ele começou como auxiliar no transporte de cana: "Era mais braçal, no engate e desengate dos caminhões. Até um pouquinho de cana que caía a gente tinha que pegar, era bem braçal a maioria das vezes. Fiquei mais um ano no trator e fazendo curso que a usina dava pra gente, cursos internos e fora também”.

Hoje em dia, Daniel só não trabalha no ar-condicionado quando precisa sair da cabine para ver se está tudo certo com a máquina do lado de fora. Esse é o trabalho mais braçal que ele faz nessa função. A colhedeira é toda computadorizada e é ele quem aciona os botões para direcionar a máquina no campo e retirar a cana.

Quando começou a trabalhar na usina, Daniel ganhava R$ 650. Hoje, ele recebe quase quatro vezes mais. Ele está fazendo faculdade de tecnologia em produção agrícola. Depois de formado, Daniel pode ser líder ou chegar a um cargo de gerência, com salário de até R$ 20 mil. “Pretendo chegar em um nível mais administrativo, de administrar a parte fiscal, qualquer outra coisa que seja na minha área que eu tô fazendo curso", relata.

Edson de Oliveira Corsi trabalha há 32 anos como supervisor de colheita e transporte e acompanhou de perto o avanço da tecnologia no setor: “Hoje, a máquina é muito completa, oferece muitos recursos que o operador usa pouco o corpo físico e usa mais a mente e visão, conhecimento mesmo de dominar a máquina. Modernizou-se muito e melhorou muito a vida do trabalhador”.

Fonte: g1.globo/jornalhoje






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