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Comércio espera ter neste ano o melhor Natal desde 2016

Inflação controlada, taxa de juros baixa e avanço do crédito nas famílias são fatores que animam lojistas em Minas

Luzes pisca-pisca, árvores decoradas e comidas típicas – o Natal, data mais importante para o comércio brasileiro, parece chegar ao varejo mais cedo a cada ano.

Em 2019, especialmente com o clima de começo da retomada do crescimento econômico, não tem sido diferente. Desde outubro, já tem lojista apostando no clima natalino para antecipar os lucros. Isso se traduz na expectativa do setor para o período, que é a melhor em três anos.

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio, da Federação do Comércio de Minas Gerais (Fecomércio MG), registrou 115,2 pontos neste ano, número mais alto desde 2016, quando marcou 86,6 pontos.

O indicador considera que os lojistas estão otimistas com as vendas a partir dos 100 pontos. Em 2019, o setor se mostra 16,4% mais animado com o Natal que no ano anterior. 

Além do aumento natural do faturamento do comércio no final do ano, há dois fatores que influenciam diretamente a confiança do empresariado, explica o economista-chefe da Fecomércio MG, Guilherme Almeida.

Segundo ele, a boa perspectiva vem a reboque das políticas macroeconômicas adotadas no Brasil e do desempenho dos lojistas, que têm observado melhora no faturamento neste ano.

“Inflação controlada e taxa de juro na mínima histórica contribuíram muito para a animação dos lojistas. Até setembro, houve aumento de 3% do crédito para as famílias, o que melhora muito o momento”, afirma.

Em Belo Horizonte, o comércio trabalha com expectativa de crescimento até 2,5% superior, em 2019, do ano anterior, explica o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL-BH), Marcelo de Souza e Silva.

De acordo com ele, há boas perspectivas por causa da normalização do pagamento do funcionalismo público e do avanço do crédito. “Aquece muito a economia. Estamos vendo que as lojas vão se preparar mais neste ano, principalmente as de bairro, que se modernizaram muito”, aponta. 

Com isso, comerciantes já trabalham com estratégias para atrair o público. É o caso da loja de utensílios domésticos Camicado do Boulevard Shopping, em Belo Horizonte, onde a decoração para as festas está pronta desde a última semana.

Segundo a gerente da loja, Isa Valesca, a expectativa é crescer 20% em relação ao ano passado. “Já estamos vendendo muito para o Natal. O ano passado foi marcado por política, com muitos acontecimentos, o que jogou a gente um pouco para baixo. Mas este ano está melhor”, conta.

Cláudia Cravez, que tem duas lojas no Minas Shopping, afirma que há perspectiva de aumento de 10% nas vendas em um de seus estabelecimentos e de 30% no outro, em relação ao Natal de 2018. “Trabalhamos com o dobro da meta mensal no final do ano. Esperamos resultados melhores em 2019”, conclui.

Procura e oferta de vagas temporária aumentam

Apesar de a expectativa de contratação de funcionários temporários para este fim de ano ter crescido 4% em Minas em relação ao ano passado e 27,5% em Belo Horizonte no mesmo período, o cenário de desemprego no país torna mais difícil conseguir uma vaga.

Segundo o economista-chefe da Federação do Comércio de Minas Gerais (Fecomércio MG), Guilherme Almeida, a concorrência é grande. Por isso, a percepção do trabalhador que procura por um posto temporário deve ser parecida com a de anos anteriores.

“Quem procura um trabalho no final do ano vai se deparar com maior oferta, mas também muita procura. Isso deve representar uma estabilidade em relação ao ano passado”, afirma.

Um levantamento da Fecomércio MG apontou que 82,2% dos comerciantes no Estado não devem fazer contratações temporárias para a temporada natalina. 

Em Belo Horizonte, porém, o cenário é um pouco melhor. Marcelo de Souza e Silva, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas da capital (CDL-BH), afirma que comerciantes devem, inclusive, aumentar a efetivação de funcionários temporários.

Em pesquisa, a entidade averiguou que cerca de 40% do empresariado pretende manter os trabalhadores contratados. “Por isso, orientamos as pessoas que conseguirem emprego no final de ano a se envolverem com a loja, com dedicação. A possibilidade de trabalho fixo é alta na cidade”, diz.

Fonte: otempo.com.br






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